A hérnia umbilical é um dos variados tipos de hérnia da parede abdominal, ou seja, um deslocamento, ou protrusão, do conteúdo abdominal através de uma área fraca ou defeituosa de sua parede, condição que pode ser adquirida ou congênita. No caso em questão, trata-se de uma protrusão através do anel umbilical. 

O Dr. Marcos Turcatel – médico especialista em Cirurgia Pediátrica – observa que, embora também possa ser adquirido na idade adulta, como decorrência, entre outros fatores, de obesidade, ascite, gestação ou diálise peritoneal crônica, tal tipo de hérnia é geralmente congênito e muitas crianças nascem com ele, quando os músculos do anel umbilical não se juntam perfeitamente na região do abdome.

O sintoma mais evidente da hérnia umbilical é a saliência constante no umbigo. Mas também pode ocasionalmente se manifestar ao tossir, ir ao banheiro, levantar peso, ou fazer algum outro tipo de esforço que gere saliência ou movimento no abdome. Outros sintomas eventualmente relatados são desconforto ou dor na região, além de enjoo e náusea.

O Dr. Marcos explica que a hérnia umbilical, em bebês e crianças, pode em alguns casos regredir naturalmente, não exigindo intervenção médica. Já nos casos em que a hérnia está causando dor, não diminui com o tempo e permanece até os três anos de idade, é recomendado o procedimento cirúrgico chamado herniorrafia umbilical.

Como salienta o Dr. Marcos, a hérnia umbilical será considerada uma emergência nos casos de encarceramento e estrangulamento, que podem levar à obstrução total do fluxo sanguíneo na área afetada e resultar, consequentemente, na necrose e perfuração do tecido preso no orifício herniário.