A fimose consiste na impossibilidade de retrair o prepúcio, a pele que encobre a glande do pênis, dificultando sua exposição e, assim, podendo causar problemas como infecções do trato urinário, dificuldades para urinar e para a atividade sexual. O Dr. Marcos Turcatel – médico especialista em Cirurgia Pediátrica – observa que o tipo mais comum é a fimose fisiológica, ou seja, aquela presente desde o nascimento e que, geralmente, desaparece até os três anos de idade. Mas há também os casos de fimose secundária, que surge em qualquer fase da vida, resultante de fatores diversos, como infecções repetidas na glande ou no prepúcio.

Dentre os sintomas da fimose, além da dificuldade em retrair e expor a glande para higiene, também podem ocorrer: dor e desconforto ao tentar fazê-lo; inflamação decorrente da presença de fungos no prepúcio, o que ocasiona inchaço, vermelhidão e sensibilidade na região genital; infecções recorrentes; e parafimose, quando a glande, uma vez exposta, devido ao inchaço do prepúcio, não retorna para dentro e tem sua circulação sanguínea comprometida. Tal comprometimento da circulação sanguínea faz da parafimose uma emergência urológica.

Como explica o Dr. Marcos, o diagnóstico é feito mediante a história clínica, o exame físico, a avaliação da dor e do desconforto, além da averiguação de uma possível parafimose.

O tratamento varia de caso a caso, a depender da gravidade do quadro e da idade da pessoa afetada. No caso de bebês e crianças pequenas, pode-se recomendar observação e cuidados locais, tendo em vista que o quadro tende a melhorar à medida que a pele do prepúcio se torna mais elástica com o tempo. Também podem-se recomendar cremes e pomadas à base de corticosteróides, que auxiliam no recolhimento do prepúcio; exercícios para aumentar a elasticidade da pele; e, em todo caso, a higiene adequada e regular, cuidando de manter o prepúcio sempre seco.