A enterocolite necrosante é o desenvolvimento de inflamação e lesões na mucosa do intestino, o qual ocorre sobretudo em bebês recém-nascidos, prematuros ou com alguma fragilidade, como a presença de doenças. Como conta o Dr. Marcos Turcatel – médico especialista em Cirurgia Pediátrica -, trata-se de uma emergência, devido ao risco de rompimento da parede intestinal e consequente contaminação generalizada do organismo com bactérias.
As causas da patologia, ainda que não estejam amplamente descritas, são associadas a problemas de circulação sanguínea e à imaturidade no desenvolvimento das estruturas intestinais. Estão relacionadas à enterocolite, portanto, problemas no fluxo de oxigênio, doenças cardíacas, anemia e também questões de alimentação, como ausência de aleitamento materno.
Os sintomas da enterocolite são inchaço abdominal, presença de sangue nas fezes, vômitos, palidez e oscilações na temperatura corporal. Também pode ocorrer letargia, sintoma que, nos bebês, manifesta-se como sono constante e necessidade de estímulos para acordar.
O tratamento da doença, que deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico, consiste na interrupção da alimentação – que passa a ser temporariamente realizada de modo parenteral -, uso de antibióticos e, em casos graves, na ressecção cirúrgica da porção necrosada do intestino. O Dr. Marcos salienta que, quanto antes realizado o diagnóstico, melhor será o prognóstico.