Cistos e fístulas cervicais designam um conjunto de anomalias na região do pescoço. Como nota o Dr. Marcos Turcatel – médico especialista em Cirurgia Pediátrica -, algumas dessas anomalias podem ser congênitas, ou seja, estabelecerem-se na vida intrauterina e virem a ser identificadas mais tarde, enquanto outras podem se desenvolver em idades mais avançadas, após o nascimento.
Vejamos alguns entre os casos congênitos. Os cistos ou fístulas branquiais são formações resultantes do não fechamento adequado, durante o desenvolvimento embrionário, dos arcos e fendas branquiais. Trata-se de um nódulo benigno que, em geral, não se nota nos bebês e eventualmente cresce apenas com o passar do tempo, vindo então a causar sintomas, tais como: abaulamento na porção lateral do pescoço; secreção através da pele; dor e vermelhidão eventuais, em casos de inflamações e infecções; aumento durante infecções respiratórias. Outro tipo congênito de cistos e fístulas cervicais é o sinus pré-auricular, caracterizado por um orifício, depressão ou nódulo na região do ouvido externo.
O Dr. Marcos nota que se trata de uma condição rara, causada por anormalidades no desenvolvimento embrionário, resultantes de síndromes, fatores genéticos e/ou consumo de substâncias nocivas durante a gestação. O diagnóstico, em geral, pode ser feito logo após o nascimento, por meio de exame clínico visual, além de outros exames que podem ser solicitados com vistas a uma avaliação mais detalhada. O Dr. Marcos observa que, para ambas as condições citadas, recomenda-se a cirurgia como tratamento definitivo, com o objetivo de evitar complicações decorrentes delas.