Chama-se atresia intestinal a uma malformação congênita – ou seja, estabelecida desde a vida intrauterina -, que afeta o intestino, geralmente o delgado. O Dr. Marcos Turcatel – médico especialista em Cirurgia Pediátrica – explica que tal condição consiste no estreitamento ou mesmo na ausência de uma parte do intestino, caracterizando-se como uma obstrução intestinal.
A condição costuma apresentar-se entre as primeiras 24 e 48 horas após o nascimento, manifestando-se através de intolerância alimentar, vômitos e distensão abdominal. No entanto, em alguns casos, como nota o Dr. Marcos, as manifestações e, consequentemente, o diagnóstico são tardios, podendo resultar em déficit de crescimento e obstrução progressiva.
O diagnóstico será feito por meio de avaliação clínica, história pré e pós natal, acompanhados de radiografia abdominal. Pode-se também solicitar uma ultrassonografia abdominal e, em alguns casos, um enema de contraste.
O Dr. Marcos nos conta que, confirmado o diagnóstico da atresia intestinal, deve-se proceder à correção cirúrgica, que, basicamente, consiste no exame de todo o intestino – para averiguar a possível existência de atresias múltiplas -, na ressecção da porção atrésica e na junção, por pontos, das partes do intestino que estavam separadas. Como observa o Dr. Marcos, o prognóstico para os recém ascidos com atresia intestinal é muito bom, a depender da extensão do intestino afetada.