A atresia de esôfago é a formação incompleta do esôfago durante a vida intrauterina, sendo assim uma condição congênita. O Dr. Marcos Turcatel – médico especialista em Cirurgia Pediátrica – nota que se trata de uma forma comum entre as malformações gastrointestinais, sendo, além disso, acompanhada de outras malformações congênitas em 50% dos casos.
A atresia esofágica resulta no retardamento ou impedimento da passagem dos alimentos do esôfago para o estômago. Essa condição leva a sintomas como excesso de salivação; pneumonia; engasgos e regurgitações. Como nota o Dr. Marcos, pode-se suspeitar desse tipo de atresia ainda antes de a criança nascer, por meio da ultrassonografia pré-natal de rotina. Nos casos de suspeita da doença, após o nascimento, procede-se à inserção de uma sonda pela boca , para realização de exame contrastado, a fim de se confirmar o diagnóstico.
Visando a devolver à criança a capacidade normal de deglutição, o tratamento é cirúrgico e deve ser realizado por um cirurgião pediátrico, geralmente nos primeiros dias de vida do recém-nascido. O Dr. Marcos explica que o procedimento, feito sob anestesia geral, basicamente consiste na reconexão das duas partes do esôfago que estavam separadas, além de desfazer eventuais conexões anômalas entre o esôfago e a traqueia.
Após a cirurgia, são feitos exames para averiguar se a correção obteve sucesso e se os pontos feitos no esôfago estão funcionando, no sentido de impedir o transbordamento dos conteúdos que deverão passar por ele até chegarem ao estômago.